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O suicídio: uma ameaça real.

A morte do pastor Andrew Stoecklein, da Igreja Emland Hills, na Califórnia (EUA), ocorrida no dia 25 de agosto,

O suicídio: uma ameaça real.

A morte do pastor Andrew Stoecklein, da Igreja Emland Hills, na Califórnia (EUA), ocorrida no dia 25 de agosto, está repercutindo no mundo inteiro, chamando atenção para algo que apesar de pouco falado e até mesmo considerado, é uma realidade que precisa da nossa atenção e compreensão, que é a depressão e a enorme carga emocional que os verdadeiros pastores carregam em suas costas em prol do Reino de Deus.

No caso de Andrew, os noticiários informaram que ele sofria de depressão e ansiedade, lutando contra isso por anos. Não temos como saber detalhes dessa condição, mas posso confirmar que sim, muitas vezes isso é uma realidade emocional que ocorre em silêncio, de forma que poucas pessoas sabem, senão os mais íntimos e olhe lá. É por isso que o choque ao saber da notícia é tão grande. Mas, como assim em silêncio?

Os pastores, líderes de modo geral, são pessoas que sempre pensam em primeiro lugar nas suas ovelhas. Se ele está ferido, mas enxerga outra pessoa ferida precisando de ajuda, ele é capaz de ignorar por um momento a dor da sua própria ferida para ajudar na cura da outra pessoa. Estou me referindo às questões emocionais, espirituais, sociais e até econômicas. Essa capacidade de abdicação e iniciativa é uma das características mais marcantes da liderança, especialmente da vocação ministerial.

Muitos desses líderes sofrem em silêncio por acreditar que não devem acrescentar sofrimento na vida de pessoas que ele mesmo cuida. Então, ao invés de compartilhar suas dificuldades pessoais, ele guarda para si, preferindo manter uma aparência de força e fé inabaláveis em benefício de outras pessoas. Mas é muito preocupante, porque termina fazendo com que o sofrimento pessoal não seja tratado, gerando um acúmulo de angústia e outros problemas que podem acarretar em doenças como a depressão.

Já no estágio depressivo, a perspectiva de mundo da pessoa pode ser alterada, de modo que o pensamento suicida pareça atraente, como forma de se livrar da enorme carga emocional negativa. Nada disso é solução e o extremo de tirar a própria vida pode ser evitado. Todavia, para evitar isso precisamos entender algumas coisas simples como igreja, mas também como líderes.

Assim, quero reforçar aqui em primeiro lugar a necessidade da igreja amar e cuidar dos seus pastores, enxergá-los como líderes e esperar deles essa liderança, sim, mas sem esquecer que também são pessoas que choram, passam necessidades e precisam de tudo o que eu e você precisamos. Em segundo, a necessidade de pastores terem outros pastores como companheiros de caminhada. Não contatos, simplesmente, mas amigos e irmãos em Cristo, pessoas reais que possam dividir momentos de fé e experiência.

Por último, quero lembrar que não podemos desprezar a realidade psicológica de alguns casos específicos. Se você é um líder que acredita estar sofrendo de depressão, ansiedade ou estresse busque ajuda. Não fique isolado e não ache que outras pessoas não vão lhe entender. Reconhecer o problema e assumir o sofrimento é o primeiro passo para lutar contra ele, não importa qual seja. Acima de tudo, não esqueça que é na fraqueza que o nosso poder é aperfeiçoado, basta olhar para Cristo.

“Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte” (II Coríntios 12:10)

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